Os casos de caxumba no Estado do Rio aumentaram mais de 100% nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado; este ano foram registradas 1.009 notificações da doença, enquanto, que nos mesmos meses de 2018, foram registrados 480 casos. Segundo a Prefeitura do Rio, toda a ocorrência de surtos de caxumba em instituições fechadas ou escolas deve ser notificada.
A caxumba é uma doença infecciosa aguda, de causa viral; o período de incubação varia de 16 a 18 dias após a exposição até o início dos sintomas. A caxumba geralmente começa com alguns dias de febre, dor de cabeça, mialgia, fadiga e falta de apetite; estas manifestações geralmente são seguidas pelo desenvolvimento de inchaço da glândula salivar (parotidite) em 48 horas; a qual pode ser unilateral ou bilateral. O envolvimento unilateral inicial é seguido por um envolvimento contralateral alguns dias depois em 90% dos casos. O inchaço da parótida pode durar até 10 dias. A caxumba geralmente é autolimitada; a maioria das pessoas recupera completamente dentro de algumas semanas. As complicações da caxumba podem incluir inflamação dos testículos e manifestações neurológicas tais como: meningite, encefalite e surdez.
São consideradas protegidas contra a caxumba, as crianças e os adolescentes que tenham recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade. A vacina tríplice viral deve ser administrada a partir dos 12 meses de idade; uma segunda dose deve ser realizada respeitando o intervalo mínimo entre as doses na dependência da faixa etária. Uma terceira dose pode estar recomendada nas situações de surto e risco para caxumba.
O esquema vacinal para os adultos consiste em aplicar uma dose para indivíduos que receberam uma dose previamente; aplicar duas doses para os que ainda não receberam nenhuma dose da vacina ou desconheçam os antecedentes vacinais. O intervalo mínimo de 30 dias entre as doses precisa ser respeitado. Uma terceira dose pode estar recomendada nas situações de surto e risco para caxumba.
Esta vacina está contraindicada na gravidez e nos imunodeprimidos.
Ronaldo Rozenbaum